quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Receita 01- Caruru

                                                                Carurú


Tempo: 40 min
Rendimento: 15 porções
Dificuldade: Fácil

Ingredientes:
100 quiabos
1 xícara de castanha de caju
100 g de amendoim torrado e moído sem casca
2 xícaras de camarões defumados, descascados e moídos
2 cebolas grandes
2 xícaras de azeite de dendê
3 limões
2 colheres de sopa de sal
4 xícaras de água quente
pimenta (a gosto)
gengibre (a gosto)
alho (a gosto)


Modo de Preparo

Lava-se os quiabos, enxugando bem para não formar baba quando parti-los. Segundo a tradição, os quiabos devem ser cortados em cruz, no sentido longitudinal, e depois em rodelinhas bem finas; mas hoje já se corta nas facas do processador. Coloque os camarões secos e moídos, cebola ralada, alho, sal, castanha e amendoim para rechear no azeite de dendê. Ponha os quiabos partidos, as xícaras de água e as colheres de sopa de limão para cortar a baba. Adicione ainda alguns camarões secos inteiros e grandes. Cozinhe tudo até ficar pastoso. Quando os caroços dos quiabos estiverem bem rosados, retire do fogo.

Tradição:
"Na festa de São Cosme e São Damião, quando o caruru é de promessa, costuma-se colocar sete quiabos inteiros. O convidado que tiver no seu prato, ao acaso, um desses quiabos, fica na obrigação de oferecer ao santo outro caruru."

Origem:
Segundo Guilherme Piso, que viveu em Pernambuco (1638-1644), o "caruru" é de origem indígena, e designava uma erva de uso medicinal e alimentício. No relato, em seu Historia Naturais Brasileia, o médico do conde Maurício de Nassau informa que "come-se este bredo (caruru) como legume e cozinha-se em lugar de espinafre...". Outro relato, em 1820, na Amazônia, por Von Martins, cita o "caruru-Açu", durante uma refeição com os nativos, próximo ao rio Madeira, quando experimentou "um manjar de castanhas socadas com uma erva parecida com o espinafre..."
Durante sua visita à África, em 1957, o Padre Vicente Ferreira Pires chamou de "caruru de galinha" a refeição em Daomê, revelando que o caruru já possuía influência afro, pelo uso do dendê, palmeira de origem africana.Originalmente, o caruru brasileiro era um refogado de ervas que servia para acompanhar outro prato (carne ou peixe). Mais africano que indígena, o caruru é feito com o quiabo, a pimenta-malagueta, camarão seco e dendê.

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